O Favorito é um filme que acerta em diversas frentes, desde a narrativa até as performances dos atores. Porém, o que mais se destaca é a autenticidade com que retrata a relação entre pai e filho, em meio a dificuldades financeiras e conflitos pessoais.

A trama gira em torno de um jovem que sonha em ser jogador de futebol, mas precisa lidar com as dificuldades impostas pela falta de recursos financeiros da família. Além disso, o protagonista precisa lidar com as cobranças do pai, que vê no futebol a única possibilidade de ascensão social para a família.

A autenticidade da história é reforçada pela direção segura e pelas escolhas estéticas da equipe de produção. A fotografia em tons escuros e a trilha sonora melancólica contribuem para criar uma atmosfera densa e realista.

A relação entre pai e filho é explorada de forma sensível, sem cair em clichês ou estereótipos. A tensão entre eles é palpável, mas o amor e a preocupação mútuos também são evidentes. Destaque para as performances de ambos os atores, que conseguem transmitir com empatia a complexidade da relação.

Além disso, o filme também aborda outros temas relevantes, como a pressão para o sucesso no mundo do esporte e as dificuldades enfrentadas por imigrantes em países estrangeiros. Tudo isso sem perder o foco na história principal e sem esquecer de dar espaço para momentos de alívio cômico e emocionantes.

Em resumo, O Favorito é um filme que emociona, diverte e informa. Um retrato autêntico e sensível sobre a relação entre um pai e filho que, devido às circunstâncias da vida, precisam aprender a lidar com as próprias expectativas e com as dos outros. Imperdível para quem busca uma história original e emocionante.